domingo, 27 de janeiro de 2013

Número de mortos na tragédia: 245

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Fogo ocorreu na cidade de Santa Maria, na boate Kiss, onde estavam mais de mil pessoas na noite de ontem; polícia confirma que 245 pessoas morreram, mas número de vítimas pode ser ainda maior; área central do município está isolada e familiares tentam identificar vítimas no ginásio local; tragédia é a maior da história do Rio Grande do Sul; hospitais pedem voluntários; Dilma está a caminho da cidade
27 de Janeiro de 2013 às 08:19
Do Correio do Povo -  O número de mortos após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, no Centro do Estado, chegou a 245, informou no final da manhã deste domingo a Brigada Militar (BM). O número foi divulgado pelo major do Batalhão de Operações Especiais (BOE), Cleberson Braida Bastianello. 

O vice-prefeito José Haidar Farret, lamentou a tragédia. “Essa cidade universitária jamais passou por isso. Ainda ontem assistíamos a escolha da rainha do carnaval e hoje, no mesmo Centro Desportivo, estamos recolhendo os corpos”, lamentou. A prefeitura decretou luto oficial por 30 dias.

Segundo informações preliminares, cerca de mil pessoas estariam na casa noturna, que fica na Rua dos Andradas, quando ocorreu o incêndio. Os corpos foram levados a um ginásio da cidade para identificação. Os nomes, no entanto, só serão confirmados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) após autorização de familiares. "É normal que a pessoa deixe os documentos com outra pessoa às vezes, e não podemos liberar um corpo sem que haja contato visual, além da perícia", disse o major. Muitos morreram em hospitais da região, mesmo após serem resgatadas.

O governador Tarso Genro deve chegar em Santa Maria no final da manhã. "Domingo triste! Estamos tomando as medidas cabíveis e possíveis. Estarei em Santa Maria no final da manhã", escreveu no twitter. "É uma tragédia gravíssima que enluta o Rio Grande, enluta o Brasil, enluta a cidade", disse Tarso, que cursou Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde também deu início a carreira política. A presidente Dilma Rousseff também irá ao município nesta tarde.

Uma das suspeitas é de que as chamas tenham começado por volta das 3h com um sinalizador disparado no palco. Segundo o Corpo de Bombeiros, o instrumento encostou em uma forração de isopor. Ainda conforme a corporação, os extintores de incêndio não estavam funcionando e havia apenas uma saída para os frequentadores - a porta principal - e houve tumulto na tentativa de fuga.

Irresponsabilidade criminosa matou 245

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Bombeiros atestam que alvará de funcionamento da boate Kiss estava vencido; tragédia matou 245 pessoas e ainda há dezenas de feridos; donos do estabelecimento, que já havia sido notificado para regularizar a situação, não foram localizados; maior número de mortes ocorreu por asfixia; vídeos
27 de Janeiro de 2013 às 12:35
Do Diário de Santa Maria (RS) - O alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio da boate Kiss, cenário de uma tragédia que vitimou 245 pessoas, na madrugada deste domingo em Santa Maria, na região central do Estado, estava vencido desde agosto de 2012. A informação é comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.
Segundo o comandante, os bombeiros locais já haviam notificado a boate para que providenciasse a renovação do alvará, mas isso ainda não teria ocorrido.

Ainda conforme o comandante, o fato de a boate ter a liberação anterior significa que a casa noturna possuía o número de extintores de incêndio necessários, sinalização (indicando as saídas) e iluminação de emergência (que garante luminosidade por cerca de uma hora em casos de falta de energia).

Os bombeiros abrirão uma sindicância para verificar possíveis irregularidades.

— A informação que temos é que a maioria das pessoas morreu por asfixia. Algumas tiveram queimaduras. Mas temos a informação de seguranças da boate teriam barrado a saída das pessoas e que teria mais pessoas do que a capacidade do local — disse o comandante.

Os donos da boate não foram localizados pelo Diário para comentar o ocorrido.

A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria já começou a ouvir testemunhas e vai investigar o caso.
Confira, neste link, vídeo com cenas da tragédia.
Abaixo, vídeo com imagens do resgate:

Dono da boate Kiss se apresenta à polícia

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Ele ainda não falou publicamente sobre o incêndio da última madrugada, mas se apresentou à polícia para prestar esclarecimentos; segundo os bombeiros, o local onde aconteceu a maior tragédia do Rio Grande do Sul, com 245 mortos até agora, não tinha alvará de prevenção a incêndios; identificado como dono da boate, Kiko Spohr tinha banda que se apresentava com regularidade no local; vídeo
27 de Janeiro de 2013 às 13:31
247 - Chama-se Kiko Spohr o dono da boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde morreram 245 pessoas, segundo balanço preliminar da Polícia Militar. Segundo a Agência Brasil, o dono da boate se apresentou à polícia para prestar esclarecimentos -- mas a agência de notícias não identifica o nome.
As informações foram dadas à Agência Brasil pela delegada titular de Restinga Seca, Elizabete Shimomura, que foi quem atendeu a ocorrência por volta das 3h da manhã.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o estabelecimento não possuía alvará de prevenção a incêndios e já havia sido notificado.
Kiko Spohr mantém perfis no Twitter e no Facebook e também é um dos integrantes da banda Projeto Pantana, que se apresentava com regularidade na boate Kiss.
A delegada Elizabete Shimomura disse que o trabalho de retirada de corpos da boate terminou e que o Instituto Geral de Perícias recolhe material genético para identificar os corpos. "A grande maioria dos corpos vai ser facilmente identificada pelas famílias, já que estão intactos. Provavelmente, boa parte das pessoas morreu por asfixia, poucos estão queimados".
Os corpos estão sendo levados para o Centro Desportivo Municipal de Santa Maria, onde as famílias foram cadastradas para identificação das vítimas.
(Com Agência Brasil)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA



1. A estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” previsa para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.
3. A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4. A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.
6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a autoculpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!
10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutando de um conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.

Racha do MST invadiu Instituto Lula


O empresário brasileiro não lê jornais?


Secretaria de segurança pública do Pará é invadida e assaltada

O assalto a Secretaria de segurança pública do Pará ocorrida na terça-feira (22) foi o tiro que faltava no combalido sistema de segurança do Pará, comprometendo ainda mais a imagem negativa que governo do estado tenta a todo custo esconder, através de estatísticas manipuladas. A polícia do governo de Simão Janete (PSDB) até agora procura pistas dos assaltantes e precisou recorrer as imagens da Igreja da Trindade para tentar elucidar o crime. Isso mesmo.
Reações-do-corpo-durante-um-assalto
O assalto – Treze funcionários da Ouvidoria do Sistema de Segurança Pública do Pará foram assaltados, no início da tarde de terça-feira (22), dentro do prédio da ouvidoria, localizado na Rua Presidente Pernambuco, ao lado da igreja da Trindade, no bairro Batista Campos, em Belém.

A ouvidora contou que por volta de 12h, dois homens armados invadiram o prédio da ouvidoria e abordaram 13 dos 15 funcionários do local. A polícia foi acionada e foi até o local, mas até agora não há pistas dos assaltantes. Imagens do circuito de segurança da Igreja da Trindade serão solicitadas e devem ajudar na identificação dos assaltantes.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O que há de errado na Oi?

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Acionistas derrubam presidente Francisco Valim (centro), contratado por R$ 100 milhões, após um ano e meio de gestão; ajudada pelo governo, empresa fracassou na concorrência contra gigantes do setor de telefonia como Vivo, Claro e TIM; ações perdiam 7,36% às 12h00; na véspera, queda fora de 5,31%; grandes acionistas como Carlos Jereissati (à esq.) e Sérgio Andrade estavam descontentes com perdas de R$ 1,5 bilhão em 2012
22 de Janeiro de 2013 às 12:33
247 – O que deveria uma robusta empresa nacional de telefonia está derretendo em praça pública. A Oi, companhia que teve ajuda do governo federal, em 2008, para incorporar a Brasil Telecom, perdeu seu segundo presidente em quatro anos. Após a queda de Luiz Eduardo Falco, na manhã desta terça-feira 22 foi a vez do executivo Francisco Valim ser comunicado que terá de deixar a empresa. Ele foi contratado a peso de ouro, um ano e meio atrás, para conduzir os negócios da companhia, mas não conseguiu agradar os principais acionistas. Ele tinha salários de R$ 25 milhões por ano, para um contrato de quatro anos de trabalho.
Um prejuízo estimado em R$ 1,5 bilhão, a ser divulgado nos próximos dias, teria sido a principal causa da queda de Valim. Ele será substituído por José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha. Valim por sua vez, substituiu Luiz Eduardo Falco, responsável pela incorporação da Brasil Telecom, em 2008. A operação fez a dívida da companhia saltar de R$ 9,8 bilhões para R$ 22,4 bilhões, em 2009. Em 2010, o então presidente Luís Inácio Lula da Silva atuou para permitir que a Portugal Telecom entrasse no bloco de controle da Oi. Os portugueses estavam saindo da Vivo e só fariam isso caso tivessem outra operadora para investir no Brasil. O acordo foi fechado, e a Portugal Telecom injetou R$ 8,3 bilhões na Oi, reduzindo a dívida à metade.
Mesmo assim, em razão de investimentos na área de tecnologia, a Oi anunciou, no ano passado, a suspensão por um mês do pagamento a todos os seus fornecedores.
Num mercado liderado pelo Vivo dos espanhóis do grupo Telefonica e a Claro do bilionário mexicano Carlos Slim, a Oi tem ficado atrás até mesmo dos italianos da TIM. A empresa, porém, foi a mais ajudada pelo governo federal, que atuou para incorporar em seu grupo de controle os portugueses do grupo Portugal Telecom. Após as ações preferenciais da companhia terem perdido 5,3% no pregão de ontem da Bolsa de Valores de São Paulo, hoje, até por volta do meio-dia, os papeis caiam quase 8%, resultando num recuo de cerca de 13% sobre o dia anterior. O mercado estava dividido sobre os resultados do trabalho de Valim. Para alguns analistas, ele não teve tempo de mostrar seus serviços, tendo ficado apenas um ano e meio no cargo. Para outros, no entanto, seu plano estratégico implicaria em novas perdas ao longo de 2013. O certo é que, antes da hora combinada, mais um presidente da Oi está saindo da empresa pela porta dos fundos.

Jornais brasileiros são progressistas... nos EUA

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Mídia de papel destaca discurso inclusivo de Barack Obama na posse de seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos; igualdade foi a palavra chave nas manchetes; no Brasil, porém, políticas de transferência de renda, cotas para minorias e diversidade sexual são publicadas na editoria do preconceito; progressismo só é bonito no quintal alheio?
22 de Janeiro de 2013 às 09:29
247 – Programas de inclusão social como o estabelecimento de cotas raciais para acesso ao ensino superior e ocupação do mercado de trabalho, ações de garantia de renda mínima como o bolsa família e iniciativas para a compreensão sobre a diversidade sexual e a integração de imigrantes à sociedade brasileira não são, exatamente, assuntos pelos quais a mídia de papel representada por jornais como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo morra de amores. Ao contrário. Praticamente todos os dias, o que se pode ler nas páginas desses jornais são ataques a programas como o ProUni, disparos em série contra o que é visto como assistencialismo representado pelas ações de concessão de renda como o Bolsa Família e uma cobertura bastante discreta, e pitoresca, sobre os direitos das minorias, entre as quais os gays e os imigrantes.
Na boca do presidente Barack Obama, no entanto, temas como esses ganharam status de bandeiras do melhor do progressismo de uma sociedade moderna. Dando grande destaque para os trechos do discurso feito ontem, em Washington D.C., pelo presidente americano durante a cerimônia de sua segunda posse no cargo, os três jornais coincidiram em elevar as promessas de redução das diferenças sociais feitas por Obama. Igualdade foi a palavra chave. Coberto de elogios, o discurso teve destaques nos trechos em que o presidente frisou a necessidade da redução das diferenças na sociedade americana.
No dia a dia da cobertura da cena brasileira, o trio de ferro da mídia de papel tem uma postura bastante diferente da mostrada hoje. Apesar da extensão e dos efeitos objetivos de programas sociais federais como o Bolsa Família e o ProUni, para ficar em dois exemplos, o que mais se mostra, aqui, são aspectos negativos dessas iniciativas. Muitas vezes eles são apontados como fatores de distorção, e não de equalização, do quadro social. Pode-se, também, enxergar muito de pitoresco e folclórico na cobertura cotidiana dada a questões referentes à diversidade sexual. À exceção de espaços abertos a eventos diferenciados como as paradas pelos direitos dos homossexuais e o tratamento consequente dedicado por alguns poucos colunistas, os problemas dos gays são relegados a um segundo plano pelos jornais. Questões diretamente afetas aos imigrantes legais e ilegais no Brasil, igualmente não frequentam a pauta corrente das publicações tradicionais.
A partir das manchetes rasgadas pelos jornais para o discurso de Obama, talvez um novo enfoque sobre esses temas venha a ser dado, no Brasil, por essa mídia mais tradicional. Pelo histórico da pauta, no entanto, a tendência é que eles voltem para a editoria do preconceito agora que a festa da reeleição do presidente americano já acabou.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tragédia na Transamazônica, três pessoas são morta e Três ferida em um grave acidente, envolvendo uma camionete e 02 motos


 Nesta tarde de Domingo um grave acidente ceifou 03 vidas em Uruará.
Um grave acidente envolvendo uma camionete L200 e 02 motocicletas, aonde 03 Uruaraensses Tiveram morte no local do acidente, 02 pessoas e uma criança foram encaminhados para o Hospital municipal de Uruará com fratura expostas, mas sem perigo de morte. Segundo informações por volta das 16h00min horas desse domingo dia 20, uma camionete L200 vinha sentido Uruará á uns 4 km da cidade e atropelou 02 Motos que estavam indo sentido a cidade de Medicilãdia, o motorista fugiu sem prestar socorro às vitimas feriadas. O grave acidente aconteceu em uma curva que já foi cenário e outros graves acidentes, á uns Dois anos atrás, aonde um caminhão veio a tombar e matar 03 pessoas, e há uns 03 anos dois grandes amigos se chocaram de motos vindos assim a falecerem no local do acidente. Assim que tivermos mais informações estaremos atualizando

Embaixada da Venezuela contesta Arnaldo Jabor

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Depois de o colunista do Jornal da Globo chamar o presidente Hugo Chávez de "Mussolini tropical" e falar sobre a existência de uma milícia bolivariana de 50 mil homens, a representação venezuelana no Brasil divulgou nota para dizer que o jornalista desrespeitou o povo do país e demonstrou "total desconhecimento sobre a realidade" da Venezuela
15 de Janeiro de 2013 às 14:38
247 - Na última quinta-feira (11), o colunista do Jornal da Globo Arnaldo Jabor fez uma dura crítica ao adiamento da posse do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. No comentário, Jabor chama Chávez, que permanece internado há mais de um mês em Havana, de "Mussolini tropical" e diz que, com a sua morte, se instalará de vez uma "ditadura radical" na Venezuela (assista abaixo).
A resposta veio no dia seguinte, da Embaixada da Venezuela no Brasil. "Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento", diz a nota. "Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação, continua.
Leia a nota da embaixada venezuelana:
Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.
Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.
Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
Embaixada da República Bolivariana da Venezuela
A nota foi escrita para responder ao vídeo abaixo:

sábado, 19 de janeiro de 2013

Virou piada: Veja quer Gisele na Fazenda

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A cada pedido pela demissão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, mais ele se fortalece no cargo. Depois da revista The Economist, agora é José Roberto Guzzo, colunista de Veja e membro do conselho editorial da Abril, quem sugere Gisele Bündchen em seu lugar. "Já que não é para resolver nada, é muito melhor ver Gisele no noticiário, principalmente na televisão, do que a cara do ministro Mantega"
19 de Janeiro de 2013 às 10:37
247 - Talvez seja uma conspiração ao reverso. Tanto a imprensa inglesa como nacional torce para que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, permaneça no comando da economia. E só pede sua demissão para que a presidente Dilma Rousseff, que tem fama de turrona, faça exatamente o contrário. Talvez porque os seis de Mantega à frente da economia nacional não tenham sido tão ruins assim. A economia cresceu a uma média de 4,2%, o desemprego se tornou o mais baixo da série histórica e o Brasil acumulou mais de US$ 300 bilhões em reservas (leia mais no artigo "Em defesa de Guido").
Na hipótese de que o desejo seja mesmo a derrubada de Guido, a estratégia escolhida é, no mínimo, duvidosa. A cada pedido por sua demissão, mais ele se fortalece. Depois da The Economist e do Financial Times, é a revista Veja que entra na cruzada pela demissão de Guido Mantega (será por que os juros estão baixos demais?) e o faz na coluna de José Roberto Guzzo, que é membro do conselho editorial da Abril. Mas os argumentos já foram melhores. Guzzo pede que Dilma substitua o ministro por Gisele Bündchen.
Parece piada, mas não é. Na coluna "Guido e Gisele", Guzzo apresenta seus pontos. Diz que Mantega padece de "incompetência em estágio terminal". "Se ao longo de seus dez anos no governo ele nunca ocupou uma única jornada de trabalho decidindo questões vitais para a economia, não dá para jogar-lhe a culpa por nada que esteja dando errado". 
O jornalista diz que ele continua no cargo apenas porque Dilma deseja alguém "sem vida própria" para a função. E, ciente de que não há mudança à vista no horizonte, termina seu artigo com uma sugestão. "Se a presidente resolver, um dia desses, mudar de ideia, poderia nomear para o ministério da Fazenda, quem sabe, a modelo Gisele Bündchen; com certeza, a aprovação a essa escolha seria de 95%, ou mais. E por que não? Já que não é para resolver nada, é muito melhor ver Gisele no noticiário, principalmente na televisão, do que a cara do ministro Mantega".
Definitivamente, o Brasil já teve melhores derrubadores de ministros da Fazenda.

Recife tomada por estudantes de todo o País

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A Luta pela Reforma Universitária: Do Manifesto de Córdoba aos Nossos Dias é o tema do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE), que começou na noite de ontem (18) na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
19 de Janeiro de 2013 às 08:46
Mariana Tokarnia
Enviada Especial
Recife – A Luta pela Reforma Universitária: Do Manifesto de Córdoba aos Nossos Dias é o tema do 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE), que começou na noite de ontem (18) na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. A UNE lançará no evento a sua Comissão da Verdade para investigar, apurar e esclarecer casos de morte e tortura de pelo menos 46 dirigentes da entidade.
Com mochilas nas costas, os estudantes tiveram que enfrentar uma fila para poder se cadastrar no evento que reúne representantes de diretórios e centros acadêmicos de universidades brasileiras. A maioria dos estudantes chegou hoje à capital pernambucana. Foram mais de 3,5 mil inscrições de entidades de todas as regiões do país, de acordo com balanço da UNE.
Yhanne Pinheiro é estudante de engenharia civil da Faculdade de Santo Agostinho de Montes Claros, Minas Gerais. Ele viajou 26 horas de ônibus. Ela é a diretora do diretório acadêmico da faculdade e convenceu vários colegas a acompanhá-la a Recife. “Espero que a nossa bancada saia daqui mais informada para mudar a universidade”, disse.
Túlio Rodrigues é aluno de engenharia florestal da Universidade de Brasília. Ele disse que está em Recife para ser ouvido. Acredita em uma reforma universitária, mas também em uma reforma que abarque todos os níveis de poder. Túlio passou dois dias na estrada, esperou o ônibus desatolar, mas chegou para participar do Coneb. “Sou delegado e estou aqui para pautar políticas agrárias regionais e nacionais”, ressaltou.
O manifesto dos estudantes da Universidade de Córdoba – ao qual se refere o tema do encontro – foi escrito na Argentina em 1918 e representa a inserção dos estudantes no debate das funções e do papel da universidade perante os conhecimentos. No manifesto, os estudantes lançam princípios que deverão orientar uma reforma universitária: representação discente, participação nos órgãos diretores, gratuidade de ensino, autonomia universitária, entre outros.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Jovem do DF que nasceu sem língua quer estudar odontologia ou nutrição

Ela afirma que tem o sonho de ajudar pessoas com problemas como os dela.
Estudante abandonou o emprego para se dedicar ao curso de enfermagem.

Lucas Nanini Do G1 DF

Auristela Viana da Silva, jovem de Brasília que nasceu sem a língua, quer ser dentista ou nutricionista. Estudante do curso técnico de enfermagem, ela afirma que tem o sonho de se formar em uma das áreas que foram importantes para melhorar sua qualidade de vida.
“Pretendo estudar, me formar, para poder ajudar as pessoas que têm a mesma anomalia que eu ou outras anomalias”, diz.
Auristela, de 23 anos, trabalhou durante dois anos em um supermercado. Em 2012 ela decidiu deixar o emprego para se dedicar aos estudos. "Eu quis trabalhar porque queria ter o meu dinheiro, ter experiência de vida. Foi bom, eu gostava de trabalhar, mas queria me dedicar mais aos estudos. Eu gosto de estudar e sempre tiro boas notas. Só tiro 'apto' nas provas", diz a jovem.
Eu falava assim: bebê agora é minha irmã. Não sou mais bebê."
Auristela da Silva,  estudante. Sobre quando, aos 6 anos, decidiu mudar sua alimentação
“Ela é responsável, comprometida, chegava no horário", diz uma colega de trabalho.  "Nunca teve problema. A gente não queria que ela saísse, mas ela não estava conseguindo conciliar o trabalho com o estudo. A gente até tentou mudar o horário de trabalho dela, mas não foi possível”, afirma. Auristela conta que foi necessário escolher.  "Eu entrava muito cedo, às 5h. Não dava pra estudar direito", diz.
O tempo para os estudos também pesou no último namoro. “A gente se dava bem, mas eu queria era estudar, e não estava sobrando tempo para ele", afirma. Agora, a intenção dela é se formar primeiro e depois se casar. O curso de enfermagem, com duração de dois anos, deve ser concluído em abril de 2014. Ela diz estar na expectativa de fazer um estágio em um centro de saúde da capital ainda neste ano. "Tem outra coisa que também quero estudar, que é arquivologia", diz.
Estudante Auristela Viana da Silva, que nasceu sem a língua, mostra como era a parte interna de sua boca antes das duas cirurgias para alargar a mandíbula (Foto: Lucas Nanini/G1)Estudante Auristela Viana da Silva, que nasceu sem a língua, mostra como era a parte interna de sua boca antes das duas cirurgias para alargar a mandíbula (Foto: Lucas Nanini/G1)
Caso raro
Auristela nasceu com uma anomalia rara chamada aglossia. O caso da estudante de Brasília é um dos três únicos já relatados na literatura médica, de acordo com o cirurgião maxilofacial Frederico Salles. Os outros dois casos ocorreram nos Estados Unidos.

O dentista foi o responsável pelo tratamento e pelas duas cirurgias de Auristela, realizadas em 2003 e 2004. Além de não ter língua, a jovem tinha a dentição inferior no meio da boca. O procedimento para alargar a mandíbula e trazer os dentes para o lugar certo permitiu que ela pudesse mastigar os alimentos.
O cirurgião afirma que a menina só sobreviveu porque a mãe conseguia alimentá-la esguichando o leite materno direto na garganta. “Eu achei interessante que no caso da americana [outra paciente que nasceu com a mesma anomalia] a mãe dela fez a mesma coisa que eu”, afirma a mãe da jovem, a dona de casa Adriana Silva.
Novos sabores
Desde pequena, a estudante só consumia alimentos pastosos, triturados no liquidificador ou líquidos. A mudança radical aconteceu quando os pais da menina tiveram uma segunda filha. Auristela tinha 6 anos quando decidiu que “não seria mais a bebê da casa”.
Auristela Silva ao lado do pai, José Silva, e da mãe, Adriana Silva. Jovem leva vida normal e sonha casar e ter filhos (Foto: Lucas Nanini/G1)Auristela Silva ao lado do pai, José Silva, e da mãe, Adriana
Silva. Jovem leva vida normal e sonha casar e ter filhos
(Foto: Lucas Nanini/G1)
“Quando a minha irmã nasceu aconteceu uma cena inédita, que até a minha mãe ficou surpresa. Eu saí da comida pastosa para a comida normal, que é arroz, frango, e comecei a mastigar. Foi um momento muito bacana, que até hoje quando eu me lembro dá vontade de rir. Eu falava assim: ‘bebê agora é minha irmã. Não sou mais bebê’”, diz Auristela.
Apesar de não ter língua, a estudante sabe distinguir sabores desde criança. Segundo a nutricionista Patrícia Costa Bezerra, estudos sugerem que há papilas gustativas, responsáveis por esta percepção, em outras regiões da boca.
Durante testes, Auristela mostrou que identifica os sabores com mais facilidade que pessoas da mesma faixa etária. Nessas avaliações, ela e outros cinco jovens deveriam identificar o doce, o amargo, o ácido e o salgado.
O que percebemos é que ela [Auristela] tem uma percepção muito apurada. Parece que ela desenvolveu uma habilidade que permite ter maior sensibilidade"
Patrícia Costa Bezerra, nutricionista
"O que percebemos é que ela tem uma percepção muito apurada. Parece que ela desenvolveu uma habilidade que permite ter maior sensibilidade. O mesmo aconteceu com a americana que também não tem língua", afirma Patrícia.
Os doces, em especial os brigadeiros e bolos, são os alimentos prediletos dela. Ela também diz gostar de chocolates, arroz, frango, peixe, macarrão e outras massas.
O odontólogo Frederico Salles afirma que a jovem conseguiu aprender a falar porque os músculos da parte debaixo da boca dela são três vezes mais fortes que o normal e tocam os dentes. A estudante fez acompanhamento com psicólogo, fonoaudiólogo, nutricionista, dentista e dois cirurgiões durante 16 anos. Atualmente, ela se consulta a cada 15 dias com uma fono e vai uma vez por ano ao dentista para fazer limpeza bucal.

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Tolmasquim ao 247: "Não dependemos de São Pedro"

Juliane Sacerdote _Brasília 247 – O baixo nível dos reservatórios do país tem enclausurado a equipe técnica do governo em sucessivas reuniões. Mesmo com todos os encontros e o acompanhamento diário de dados de chuva e estiagem, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, voltou a afirmar que a situação "é diferente" da vivida em 2001, quando o país sofreu o apagão e enfrentou o primeiro grande racionamento de energia da história.
Ao Brasil 247, o presidente da EPE, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, destacou que o quadro é de "tranqüilidade" mesmo com o "cenário conjuntural ruim", de níveis baixíssimos nos reservatórios. O otimismo, segundo ele, é porque as chuvas estão "caindo no lugar certo", e as previsões do tempo são "otimistas" para o resto do mês.
"As chuvas estão caindo no lugar certo, mas é preciso continuar chovendo. Temos hoje uma situação de oferta que nos dá tranqüilidade para passar por esse período conjuntural ruim", explicou.
Ainda de acordo com Mauricio Tolmasquim, entre 2001 e 2011, o país aumentou em 55% a capacidade instalada, e o consumo aumentou 49%. Uma conta que, segundo ele, fecha de forma favorável ao governo. "Em 2001 tínhamos energia sobrando no Sul e não tínhamos condições de levar para o Sudeste. Naquela época não tínhamos um parque termoelétrico como hoje, que nos possibilita não ficar na mão de São Pedro", enfatizou à reportagem.
Tranquilidade
A tranqüilidade, para o presidente da EPE, vem principalmente do aumento de oferta de energia elétrica no Brasil, que vai ganhar nove mil MWth e oito mil km de linhas de transmissão até abril deste ano. Cerca de 25% dessa oferta vem de novas usinas termelétricas, que nesse cenário de baixa nos reservatórios está contribuindo com 20% da geração de eletricidade total do país. Normalmente esse índice é de 10%.
"As termelétricas fazem parte do sistema elétrico. Se as temos disponíveis, temos que usar. Oitenta por cento do mundo faz uso dessa tecnologia. O Brasil concentra o sistema hidrelétrico por uma questão de geografia", enfatizou.
Quarenta e cinco por cento dos novos MWth vem de hidrelétricas, como Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira em Rondônia. O restante, cerca de 30%, vem de fontes alternativas, com destaque para a energia gerada pelos ventos, a eólica.
Tarifa
Mauricio Tolmasquim diz não acreditar em um aumento no consumo por conta dos descontos de até 20% na conta de luz, já que "mesmo com o abatimento, a conta de luz é cara". Mas explica que, se isso ocorrer, o governo "está preparado". Ele enfatiza, ainda, que um aumento da demanda na indústria "vai ser muito bem recebido", já que representa crescimento da economia.

Haddad recebe seu maior conselheiro e eleitor: Lula

Ricardo Stuckert:
Promete ser uma festa; às 11h00, na sede da Prefeitura, no centro de São Paulo, Fernando Haddad receberá Lula em audiência, nesta quarta 16; trata-se do primeiro compromisso público do ex-presidente depois de voltar de férias; intenção, claro, é mostrar poder e influência; descontentamentos do PT com ausência de loteamento de cargos e renegociação da dívida municipal com a União devem entrar na pauta da conversa; o resto será só alegria
15 de Janeiro de 2013 às 21:07
247 – Não poderia ser mais midiático o primeiro compromisso oficial do ex-presidente Lula após suas férias.  Às 11h00, nesta quarta-feira 16, ele será recebido, na seda da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade, pelo prefeito Fernando Haddad. Uma demonstração de poder e influência? Sem dúvida. Depois de evitar ir à festa da vitória de Haddad, na noite da eleição, em novembro, e nem mesmo comparecer à posse do prefeito, sob a alegação de não puxar para si os holofotes da mídia, finalmente Lula será visto com seu pupilo. O único encontro entre eles, desde a eleição, ocorreu no Instituto Lula, a portas fechadas.
A reunião acontece no momento em que Lula está definindo o roteiro de suas Caravanas da Cidadania. Como noticiou 247, elas podem incluir até mesmo uma etapa na África. Nos primeiros dias de março, o ex-presidente estará na Etiópia, para um encontro da FAO. Antes, irá à Cuba. Talvez Haddad o convença a incluir em seu périplo passagens pela periferia de São Paulo. Contra as pesquisas e as vontades do PT, Lula fabricou a candidatura de Haddad, até então um noviço em eleições, subiu em seus palanques e, na prática, o guiou pela mão até a vitória nas eleições municipais.
A política paulistana não deverá estar fora da pauta da conversa da manhã desta quarta. O prefeito Haddad cumpriu uma palavra de campanha e, conforme adiantara, não loteou a máquina das subprefeituras para o PT. A atual grita nas bases do partido deverá ser explicada, por ele, a Lula, como um fato que já era esperado. O ex-presidente, por outro lado, dificilmente fará as vezes de portador de recados de descontentes. A intenção é ser cortês e amistoso, muito mais para demonstrar a aliados e adversários sua influência junto ao prefeito, do que pressioná-lo em torno de um tema específico. Haddad também poderá informá-lo sobre as trativas com o Ministério da Fazenda para a renegociação da dívida do município com a União. A troca de indexador, segundo técnicos da Prefeitura, já vai sendo combinada com o ministro. O prefeito paulistano, em caso de a renegociação dar certo, sairá deste embate como líder de um movimento nacional de recuperação financeira das prefeituras.
Como está na agenda oficial, a visita de Lula a Haddad tem tudo para provocar movimentação no centro de São Paulo. A nova política de comunicação da Prefeitura é a de atender as solicitações da mídia por entrevistas com visitantes do titular. Nos últimos tempos, o ex-presidente tem fugido dos microfones. É provável que ele tente mais uma vez guardar essa distância, mas a pressão em contrário será grande. Falando ou não à imprensa, o que Lula vai fazer é, sobretudo, reforçar, simbolicamente, sua marca como grande conselheiro e eleitor de Haddad. Para tanto, bastará entrar no gabinete do Prefeito. A casa, afinal, do ponto de vista político, também é dele.