quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Polícia Federal prende acusados de roubo a cargas dos Correios em Tailândia


A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 07, uma operação para desarticular uma quadrilha especializada em assalto a cargas transportadas por caminhões dos Correios, os assaltos aconteciam entre os municípios de Goianésia do Pará e Tucuruí, na rodovia PA 263. Os agentes da PF contaram com apoio de policiais da 6ª CIPM de Tailândia para realização das prisões.




Ao todo, foram cumpridos 10 mandados judiciais, todos na cidade de Tailândia, nordeste paraense, sendo 04 Mandados de Prisão Temporária, 02 de Prisão Preventiva e 04 Mandados de Busca e Apreensão. As ordens judicias foram expedidas pela Justiça Federal do Pará.



As investigações iniciaram-se em fevereiro do ano de 2017 e avançaram durante o ano, quando a quadrilha praticou uma série de roubos, os quais permitiram concluir que se tratava do mesmo bando de criminosos. Quase sempre a luz do dia e no mesmo local da PA 263, os caminhões eram interceptados, os motoristas rendidos com o uso de armas de fogo e os veículos eram levados para uma vicinal onde as cargas eram saqueadas. Os assaltantes selecionavam os objetos que iriam subtrair e geralmente levavam bens de valor agregado como telefones celulares, máquinas fotográficas e outros itens que podiam ser revendidos facilmente no mercado paralelo.


Foto: Portal Tailândia
De acordo com os levantamentos, o bando foi responsável por mais de 06 assaltos a cargas na região de Goianésia do Pará e Tucuruí, gerando um prejuízo de mais de R$ 100.000,00 (cem mil reais) aos Correios.

O grupo responderá pelos crimes de associação criminosa e roubo majorado pelo uso de arma de fogo e pela restrição de liberdade dos motoristas dos caminhões. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 30 anos.

A operação batizada de  a Operação Looters, nome dado em alusão aos saqueadores do passado que aterrorizavam pequenas cidades isoladas da Europa.

Os presos foram encaminhados para presídios da cidade de Tucuruí, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.
Fonte: Portal Tailândia 

Eleições 2018: nova lei pode beneficiar diretamente Google e Facebook na campanha

No segundo semestre do ano passado, o Congresso Nacional aprovou a reforma política que, dentre outras coisas, passou a permitir que nas eleições de 2018 os candidatos possam impulsionar conteúdo em plataformas como o Facebook, Twitter e em mecanismos de busca. A Sputnik Brasil tenta entender qual impacto a nova legislação terá nas eleições.

Fake news
CC BY 2.0 / MIKE MACKENZIE
Fake news podem influenciar eleições brasileiras em 2018?
Isso significa que agora os políticos que estejam disputando cargos no Legislativo e no Executivo vão poder pagar para essas empresas para que suas publicações sejam exibidas para um maior número de pessoas ou sejam direcionadas a um grupo específico a partir de microdados coletados por essas plataformas e por outras empresas contratadas.
Por se tratar de algo inédito, a Sputnik Brasil conversou com alguns especialistas em debates políticos em redes sociais e um empresário do setor para tentar entender melhor o impacto que algumas mudanças recentes nas leis eleitorais podem causar no pleito deste ano.

Para o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da UFABC e conselheiro do Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br), a lei foi elaborada de uma forma para beneficiar diretamente o Facebook.

"A lei usa a palavra impulsionamento de conteúdo que é uma palavra que típica do Facebook. Nem o Twitter usa impulsionamento, só que para captar esse dinheiro agora todas as empresas que desejem ter propaganda paga nas eleições vão ter que usar o termo impulsionamento de conteúdo, mas obviamente você usou e privilegiou o Facebook", afirmou ele à Sputnik Brasil.

Sérgio Amadeu ainda acha mais grave a permissão de impulsionar conteúdo em sistemas de busca na internet, como o Google.

"Comprar conteúdo e hierarquia de busca no caso de uma disputa eleitoral deveria ser considerado crime eleitoral. Porque na hierarquia de busca eu coloco o que foi comprado nos dez primeiros links e o candidato que já foi várias vezes denunciado por corrupção, por exemplo,elimina as informações sobre ele próprio se tiver feito o patrocínio. Ou seja, você limpou a ficha dele", falou fazendo uma brincadeira com a Lei da Ficha Limpa. 

O cientista político e professor da USP, Pablo Ortellado, que coordena o "Monitor do Debate Político no Meio Digital", um projeto que busca mensurar e analisar o comportamento do internauta brasileiro através de levantamentos das notícias mais compartilhadas nas redes sociais, acredita que neste ano o que vai determinar os rumos que o debate político na internet serão as páginas que apoiam determinados candidatos, mas não são oficialmente ligadas a nenhum.

"Esses sites ou páginas não podem fazer campanhas diretas, mas eles podem atacar adversários e promover ideias que estão associadas aos candidatos que eles estão defendendo", disse à Sputnik Brasil.

Empresas de monitoramento de dados entram no jogo

Urna eletrônica
JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Questão de guerra? Quem vai controlar as fake news eleitorais – Exército ou PF?
O marqueteiro André Torretta, que trabalhou em campanhas políticas nos últimos 15 anos e agora é o representante brasileiro da Cambridge Analítica, empresa que fez a propaganda eleitoral de Donald Trump e que há um ano está no Brasil, acredita que os políticos que mais se beneficiarão com essa mudança serão os candidatos a cargos menores, como deputados estaduais e federais.
"Eles nunca puderam fazer uma campanha eletrônica na vida deles, você tinha antes uma campanha sem ser eletrônica, o candidato mal podia falar 10 segundos na televisão", disse.

Torretta crê que ao permitir que os candidatos patrocinem conteúdo de acordo com os dados coletados pelas plataformas, os candidatos vão ter a chance de fazer "várias conversas".
"As agências de propaganda e marqueteiros tradicionais fazem o que a gente chama de uma conversa nacional. A gente acha que isso não é relevante, antes você falava a mesma coisa para a população de Salvador e para a população de Porto Alegre, por exemplo. O que a gente vai fazer é dividir essas conversas, então para São Paulo é uma conversa, para Cuiabá é outra conversa, então você vai criando conteúdos diferentes e linguagens diferentes de acordo com o seu público", explicou à Sputnik Brasil.
Essas "diferentes conversas" são feitas a partir de dados coletados pela Cambridge como perfis em redes sociais, GPS e até rastros deixados em compras online. A partir daí, a empresa consegue traçar o comportamento dos eleitores e produzir mensagens que atendam às necessidades daquela pessoa.

Torretta disse que sua empresa já foi procurada por vários candidatos, mas não quis revelar nenhum nome.
"Por enquanto estamos na fase das conversas, nada ainda está definido", disse.
Combate às Fake News com ajuda do Facebook
Outra medida inédita anunciada para as eleições deste ano foi a parceria entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as empresas Facebook, Whatsapp e Twitter para auxiliar no combate as chamadas "fake news".
Facebook
© SPUTNIK/ NATALIA SELIVERSTOVA
Facebook pedirá que seus usuários definam o que é jornalismo 'confiável'
Sérgio Amadeu se mostrou preocupado com esse projeto e disse que é complicado dar algum tipo de controle das eleições do Brasil para empresas estrangeiras.
"Primeiro, elas não tem autoridade para fazer essa distinção, elas são empresas estrangeiras com filiais no Brasil. A Justiça Eleitoral entregar para empresas estrangeiras qualquer tipo de controle sobre a disputa democrática no Brasil é um absurdo. Tanto o controle policial quanto o do algoritmo é descabido na democracia. Isso tem que ser feito pela sociedade civil, pela imprensa e pelos envolvidos no debate", defendeu.

Pablo Ortellado ponderou dizendo que a definição do que é noticia falsa é algo complicado e que tanto o Facebook quanto o Twitter têm dado indicativas que não pretendem fazer esse controle nas eleições deste ano.

"É difícil você traçar a partir da onde a notícia é falsa e a partir da onde ela seria legítima. Você não sabe o que é um erro de apuração e o que é um erro malicioso pra corromper o sentido da informação. Isso é um terreno minado e o Facebook e Twitter já deram todas as indicativas de que não pretendem fazer essa distinção", explicou.

Em 2014, ano das últimas eleições presidenciais, o IBGE apontou que 32,3 milhões de domicílios tinham acesso a internet, pela primeira vez 50% do total das casas brasileiras estavam conectadas. No ano passado, o mesmo levantamento mostrou que em 2016 a internet já estava presente em 63,6% dos lares e em 94,8% deles havia celulares sendo usados para se conectar à rede. Neste ano o número deve ser ainda maior.
Fonte :  Sputnik Brasil 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

KENNEDY: DAQUI A POUCO VÃO ACHAR ATÉ AUXÍLIO-PERUCA PARA EMBELEZAR MAGISTRADOS


O jornalista Kennedy Alencar criticou nesta terça-feira, 6, a vastidão das mordomias à disposição de membros do Poder Judiciário e do Ministério Público no País.

"É tanto penduricalho que está sendo descoberto que daqui a pouco vão achar até auxílio-peruca para embelezar magistrados privilegiados que não se envergonham de defender privilégios enquanto o país gasta menos em educação e saúde. O Brasil tem de gastar com mais justiça social os recursos do Orçamento", disse ele.

Kennedy lembrou a declaração do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel de Queiroz Pereira Calças, que disse que o valor do auxílio-moradia é "pouco".

"Isso é uma demonstração de desconexão da elite em relação à realidade. Só o valor do auxílio-moradia (R$ 4.377) é maior do que a renda de 90% dos brasileiros. Esse é o Brasil real. Esse é o país real em que aparece o desembargador Calças, um magistrado capaz de defender o indefensável e receber salário indireto sem pagar o imposto burlando o teto constitucional", diz ele.

Segundo Kennedy Alencar, além da corrupção e do desperdício, privilégios e mordomias também abocanham parte do dinheiro do Orçamento que está fazendo falta na saúde e na educação.

"O cobertor é curto, mas lobbies poderosos vencem os mais pobres na luta pelos recursos orçamentários. Numa hora de dificuldade, os mais ricos deveriam de dar uma cota maior de sacrifício do que os mais pobres. Deveriam agir assim obedecendo a um imperativo ético e moral. Se são incapazes disso, apesar de falarem tanto em ética e moral, deveriam fazê-lo por egoísmo, a fim de legar aos filhos e netos um país melhor. Mas não é isso o que acontece, como provam os números do Orçamento", afirma.

Leia o texto na íntegra no Blog do Kennedy. 
Brasil247

O naufrágio do S.S. Temer

"Um transatlântico de luxo, o S.S. Poseidon, é atingido na véspera de Ano Novo por uma onda gigantesca, fazendo-o virar de cabeça para baixo. Um grupo de sobreviventes que está em um salão de baile de um convés superior (mas que depois de virar, fica abaixo da linha d'água) tenta escapar da embarcação liderados pelo reverendo Frank Scott. Para isso, devem chegar à casa de máquinas que se localiza no casco do navio (que agora está acima da linha d'água), e durante o percurso acabam enfrentando muitos perigos no navio instável que pode afundar a qualquer momento".

   Essa é a sinopse do filme “O destino do Poseidon”, a metáfora perfeita para a situação atual do governo Temer, que, atingido por várias ondas gigantescas virou de cabeça para baixo e seus ocupantes, de todas as classes, enfrentam muitos perigos no navio instável que pode afundar a qualquer momento.

   Os sinais de que o naufrágio está próximo são cada vez mais claros. Nem falo de seu vergonhoso e indigente périplo pelos domínios de Silvio Santos e  de Ratinho, coisa que capitão de transatlântico só cogita fazer em estado de completo delírio.

   Falo, isto sim, de suas relações com o mar. Mais precisamente com a Rodrimar, a empresa do porto de Santos, foco da terceira denúncia que está em gestação, com participação ativa de Rodrigo Rocha Loures, o homem de confiança do presidente.

   Está claro que seria uma aberração iniciar mais um processo de corrupção, especialmente num ano tão atípico e propenso a crises como esse.

   O mais sensato seria Temer deixar o leme por vontade própria, antes que o barco afunde de vez, alegando motivos de (falta) de saúde, e, em vez de ser jogado aos tubarões, tal como merece, ganhar uma boia salvadora para flutuar no ostracismo por todo o sempre, em qualquer lugar que deseje, mas bem distante de Brasília. 

   Caso contrário, corre o risco de morrer afogado por culpa das suas barbeiragens.
Por Brasil247