Jornal GGN - A Procuradoria Geral da República já recebeu os mais de 900 depoimentos que compõem o pacote de delações da Odebrecht, homologado nesta segunda (30) pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. Segundo informações de Helena Chagas, Rodrigo Janot, o chefe do Ministério Público Federal, guarda os documentos em uma sala-cofre, e só procuradores que têm um cartão com senha e identificação digital podem ter acesso.
A ministra Cármen Lúcia não quis levantar o sigilo das delações nesta fase, deixando a ação para o próximo relator da Lava Jato, que pode ser deinifo definido nesta quarta (1/3). A despeito disso, segundo Helena Chagas, "dez entre dez advogados" apostam que as delações vão vazar, a exemplo do que ocorreu com o material fornecido por Cláudio Mello Filho, ex-funcionário da Odebrecht que implicou a cúpula do PMDB em seus depoimentos.
Como "cada réu tem acesso a sua [delação], junto com seus advogados, que são amigos de outros advogados…", as chances de esse material cair nas mãos de jornalistas, de forma seletiva, são grandes. O expediente, aliás, é o que vem sendo adotado até aqui quando o assunto é Lava Jato. "A turma dos tribunais costuma trocar informações com os colegas. Daqui a pouco, tem delação rolando na internet. O vazamento pode ser uma questão de (pouco) tempo", acrescentou Chagas. Para ler o artigo dela, clique aqui.
Segundo informações de O Globo, Janot não quis comentar a homologação do pacote Odebrecht por Cármen Lúcia. O PGR havia prometido solicitar o levantamento do sigilo tão logo essa fase fosse concluída, a bem da transparência. Mas Janot, agora, diz que não há nada a comentar sobre esses assuntos.
Caberá ao MPF, agora, decidir quais delações podem embasar denúncias oferecidas ao Supremo e quais irão para a gaveta da Procuradoria Geral da República. Sem o levantamento do sigilo, conforme prometeu Janot, a sociedade pode não vir a saber o que é joio e o que é trigo, na visão dos procuradores.
Por jornalggn
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