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Resolução aprovada neste sábado pelos 15 membros do máximo organismo da ONU pede ao Tribunal Penal Internacional que imponha embargo total sobre as armas à Líbia, proíba Kadafi de viajar ao exterior e congele seus bens e de outras 21 pessoas de seu entorno, incluindo familiares e os altos cargos do governo.
A resolução autoriza também que o Tribunal Penal Internacional abra uma investigação sobre possíveis violações de direitos humanos durante os conflitos recentes.
A ONU autorizou os Estados-membros a adotar todas as medidas necessárias para possibilitar o retorno das agências humanitárias à Líbia e assegurar a rápida e segura ajuda à população civil.
"Obrigado pela adoção desta resolução. Representa apoio moral para o povo líbio", disse o embaixador da Líbia, Abdurrahman Shalgam, que a considerou um "sinal para por fim" ao regime de Kadafi.
Reunião da ONU
Segundo a resolução, que foi negociada durante quase nove horas, Kadafi e os responsáveis pelos ataques generalizados e sistemáticos contra a população líbia desde que começaram os protestos civis há quase duas semanas terão que responder perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia.
"É um reconhecimento da justiça internacional e a justificativa do TPI. É uma maravilhosa homenagem à justiça internacional", afirmou o embaixador da França, Gérard Araud, ao término da reunião do CS, ao mesmo tempo em que considerou que a resolução adotada é também "uma vitória" da comunidade internacional.
A resolução exige o fim imediato da violência e pede que sejam tomadas todas as medidas para cumprir as "legítimas" aspirações do povo líbio, remete a situação ao promotor do TPI, que dispõe de dois meses para comunicar ao Conselho os passos que realizar e depois terá que informar.
O envio ao TPI foi um dos empecilhos resolvidos para adotar esta resolução, aprovada com extrema rapidez, em apenas 24 horas após sua apresentação.
A dificuldade era porque no Conselho há países que não são parte do Estatuto de Roma que estabeleceu o alto tribunal e que, em consequência, não têm obrigação a respeito, mas se pediu a todos eles e às organizações regionais para cooperarem com a corte e seu promotor.
A resolução também se refere aos mercenários aos que o regime da Líbia recorreu para reprimir seu povo e assinala que "ficarão submetidos à jurisdição exclusiva desse Estado".
"Envia uma clara mensagem ao regime de Trípoli e também de apoio aos líbios. Esperamos que o regime comece a pensar sobre o que aconteceu agora e que todos os que colaboram com ele fiquem ao lado do povo líbio", disse à imprensa o embaixador adjunto desse país, Ibrahim Dabashi, ao término da reunião.
Dabashi ressaltou também que espera que a decisão "ajude a parar a tragédia".
"Quando se cometem atrocidades contra os inocentes, a comunidade internacional tem que falar com uma só voz, e hoje fez-se assim", disse a embaixadora dos Estados Unidos, Susan Rice, após a votação, na qual também assinalou que com a resolução 1970, o "Conselho condena a violência, pede responsabilidades e impõe sanções".
Rice acrescentou que este conjunto de sanções a Kadafi e seu regime "é uma clara advertência ao Governo líbio de que deve parar a violência já".
O embaixador da França ressaltou que "o povo líbio tem direito à democracia, à liberdade e à justiça", ao mesmo tempo em que explicou que o pedido de seu colega líbio ao Conselho para que agisse, assim como sua aceitação do papel do TPI "influíram no debate, e especialmente sobre os países africanos".
A decisão do Conselho foi avaliada pelo responsável jurídico da Human Rights Watch (HRW), Richard Dicker, que considerou que o principal órgão de segurança "esteve à altura e mostrou ao mundo que não tolerará a repressão de manifestantes pacíficos".
"Kadafi e seus seguidores agora sabem que se ordenam, toleram ou obededem ordens de disparar contra os manifestantes, se verão em Haia", disse Dicker, destacando que com a decisão "não só se faz justiça, mas procura evitar mais vítimas".
Além de enviar ao TPI a investigação desses delitos contra os direitos humanos, o Conselho impõe imediatamente um embargo total sobre armas e proíbe que Kadafi e a outras 15 pessoas próximas viajem, incluindo seus sete filhos e outros parentes.
Igualmente, congela os bens e ativos financeiros de Kadafi e cinco de seus filhos: Aisa, Hannibal, Khamis, Mutasim e Saif al Islam, que serão postos "mais adiante à disposição" do povo líbio.
Assim, todos os Estados-membros da ONU terão também que se assegurar que "seus nacionais ou outras pessoas ou entidades em seus territórios não ponham fundos, ativos financeiros nem recursos econômicos à disposição dos Kadafi".
A resolução também aborda outra das preocupações expressadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelos demais países, que é a assistência humanitária, e a ajuda que dezenas de milhares de refugiados que cruzaram a fronteira rumo Tunísia e Egito necessitam.
A esse respeito ficou acertado também que todos os países da ONU colaborem entre si e com o secretário-geral para facilitar e apoiar o retorno das agências humanitárias, para as quais terão que dar assistência, além de deixar aberta a possibilidade de adotar medidas adicionais se for necessário.
Resolução aprovada neste sábado pelos 15 membros do máximo organismo da ONU pede ao Tribunal Penal Internacional que imponha embargo total sobre as armas à Líbia, proíba Kadafi de viajar ao exterior e congele seus bens e de outras 21 pessoas de seu entorno, incluindo familiares e os altos cargos do governo.
A resolução autoriza também que o Tribunal Penal Internacional abra uma investigação sobre possíveis violações de direitos humanos durante os conflitos recentes.
A ONU autorizou os Estados-membros a adotar todas as medidas necessárias para possibilitar o retorno das agências humanitárias à Líbia e assegurar a rápida e segura ajuda à população civil.
"Obrigado pela adoção desta resolução. Representa apoio moral para o povo líbio", disse o embaixador da Líbia, Abdurrahman Shalgam, que a considerou um "sinal para por fim" ao regime de Kadafi.
Reunião da ONU
Segundo a resolução, que foi negociada durante quase nove horas, Kadafi e os responsáveis pelos ataques generalizados e sistemáticos contra a população líbia desde que começaram os protestos civis há quase duas semanas terão que responder perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia.
"É um reconhecimento da justiça internacional e a justificativa do TPI. É uma maravilhosa homenagem à justiça internacional", afirmou o embaixador da França, Gérard Araud, ao término da reunião do CS, ao mesmo tempo em que considerou que a resolução adotada é também "uma vitória" da comunidade internacional.
A resolução exige o fim imediato da violência e pede que sejam tomadas todas as medidas para cumprir as "legítimas" aspirações do povo líbio, remete a situação ao promotor do TPI, que dispõe de dois meses para comunicar ao Conselho os passos que realizar e depois terá que informar.
O envio ao TPI foi um dos empecilhos resolvidos para adotar esta resolução, aprovada com extrema rapidez, em apenas 24 horas após sua apresentação.
A dificuldade era porque no Conselho há países que não são parte do Estatuto de Roma que estabeleceu o alto tribunal e que, em consequência, não têm obrigação a respeito, mas se pediu a todos eles e às organizações regionais para cooperarem com a corte e seu promotor.
A resolução também se refere aos mercenários aos que o regime da Líbia recorreu para reprimir seu povo e assinala que "ficarão submetidos à jurisdição exclusiva desse Estado".
"Envia uma clara mensagem ao regime de Trípoli e também de apoio aos líbios. Esperamos que o regime comece a pensar sobre o que aconteceu agora e que todos os que colaboram com ele fiquem ao lado do povo líbio", disse à imprensa o embaixador adjunto desse país, Ibrahim Dabashi, ao término da reunião.
Dabashi ressaltou também que espera que a decisão "ajude a parar a tragédia".
"Quando se cometem atrocidades contra os inocentes, a comunidade internacional tem que falar com uma só voz, e hoje fez-se assim", disse a embaixadora dos Estados Unidos, Susan Rice, após a votação, na qual também assinalou que com a resolução 1970, o "Conselho condena a violência, pede responsabilidades e impõe sanções".
Rice acrescentou que este conjunto de sanções a Kadafi e seu regime "é uma clara advertência ao Governo líbio de que deve parar a violência já".
O embaixador da França ressaltou que "o povo líbio tem direito à democracia, à liberdade e à justiça", ao mesmo tempo em que explicou que o pedido de seu colega líbio ao Conselho para que agisse, assim como sua aceitação do papel do TPI "influíram no debate, e especialmente sobre os países africanos".
A decisão do Conselho foi avaliada pelo responsável jurídico da Human Rights Watch (HRW), Richard Dicker, que considerou que o principal órgão de segurança "esteve à altura e mostrou ao mundo que não tolerará a repressão de manifestantes pacíficos".
"Kadafi e seus seguidores agora sabem que se ordenam, toleram ou obededem ordens de disparar contra os manifestantes, se verão em Haia", disse Dicker, destacando que com a decisão "não só se faz justiça, mas procura evitar mais vítimas".
Além de enviar ao TPI a investigação desses delitos contra os direitos humanos, o Conselho impõe imediatamente um embargo total sobre armas e proíbe que Kadafi e a outras 15 pessoas próximas viajem, incluindo seus sete filhos e outros parentes.
Igualmente, congela os bens e ativos financeiros de Kadafi e cinco de seus filhos: Aisa, Hannibal, Khamis, Mutasim e Saif al Islam, que serão postos "mais adiante à disposição" do povo líbio.
Assim, todos os Estados-membros da ONU terão também que se assegurar que "seus nacionais ou outras pessoas ou entidades em seus territórios não ponham fundos, ativos financeiros nem recursos econômicos à disposição dos Kadafi".
A resolução também aborda outra das preocupações expressadas pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e pelos demais países, que é a assistência humanitária, e a ajuda que dezenas de milhares de refugiados que cruzaram a fronteira rumo Tunísia e Egito necessitam.
A esse respeito ficou acertado também que todos os países da ONU colaborem entre si e com o secretário-geral para facilitar e apoiar o retorno das agências humanitárias, para as quais terão que dar assistência, além de deixar aberta a possibilidade de adotar medidas adicionais se for necessário.
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