terça-feira, 18 de outubro de 2016

“Será apenas Lula a pagar”: o diagnóstico mortal do autor do livro que Moro prefaciou. Por Kiko Nogueira

 O jornalista italiano Gianni Barbacetto (dir.), autor de “Operação Mãos Limpas”, janta com Moro 
Sérgio Moro deve estar arrependido de ter escrito o prefácio do livro “Operação Mãos Limpas – A verdade sobre a operação italiana que inspirou a Lava-Jato”.

Numa entrevista para a Zero Hora, um dos autores, Gianni Barbacetto (os outros são Peter Gomez e Marco Travaglio), teceu críticas à atuação de Moro.

Se o juiz brasileiro não engoliu uma coluna de jornal, não é difícil imaginar como deve estar encarando as observações do autor de uma obra para a qual ele, Moro, contribuiu com um texto.

Reproduzo um trecho da conversa de Barbacetto com Léo Gerchmann:

Na Itália, todos os partidos da época foram atingidos – a maioria até mesmo deixou de existir. No Brasil, aparentemente, o partido afetado, em termos de imagem, é só o PT. Por que isso está ocorrendo?

Na Itália, após a Mãos Limpas, desapareceram cinco partidos do governo, e um partido de oposição mudou de nome e de programa. Isso aconteceu porque os cidadãos, depois que souberam da corrupção através das investigações conduzidas pelos magistrados, não quiseram mais votar nesses partidos. Isso levou ao surgimento de novos partidos e mudou todo o sistema político, nasceu naquele momento na Itália o que se denomina a “Segunda República”. Na realidade, em seguida, descobrimos que os novos partidos nada mais eram do que os velhos reciclados. Apesar de saber pouco sobre a situação brasileira, estou surpreso que apareçam acusações só contra o PT e seu líder Lula, porque parece-me que todo o sistema está envolvido pela corrupção.
Outro:

O PMDB, partido do vice que sucedeu a presidente, se envolveu nos episódios de corrupção. Isso não marca uma diferença em relação ao caso italiano?

Sim, na Itália houve, após a Mãos Limpas, uma mudança total do sistema político. Só depois percebemos que a mudança era apenas aparente e que a vitória de Berlusconi (que até então era um “novo” político), na verdade, garantiu uma certa continuidade do sistema anterior. No Brasil, porém, parece-me que desde o início o sistema continua como antes e será apenas Lula a pagar.


Barbacetto deixa claro que não conhece profundamente o que ocorre aqui. O que ele está enxergando, portanto, é algo impossível de não se notar até para um neófito: a seletividade persecutória.

O Brasil é o país da jabuticaba. Dentre as coisas que só aqui dão, produzimos uma versão da Mãos Limpas ignorando os alertas de que, na Itália, tudo desembocou no picareta Silvio Berlusconi.

Resta uma opção: Barbacetto é petraglia. E sustentado pelo Foro de São Paulo. Vai quê.



Fonte Diário do centro do mundo


TEMER PEDE PARA SUSTAR JULGAMENTO DE ILEGALIDADE DE CONCESSÃO DE RÁDIO E TV A POLÍTICOS

A Advocacia Geral da União (AGU) do governo de Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do andamento de todos os processos e decisões judiciais sobre a concessão para operar de rádio e televisão a empresas (e sua renovação) que tenham parlamentares como sócios até o julgamento do tema pela corte.

Uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) sobre o caso foi apresentada pelo PSOL em dezembro passado, pedindo que o Supremo declare a concessão para políticos inconstitucional.

No final do ano passado, 40 parlamentares tinham concessões, entre eles, Aécio Neves (MG), Edison Lobão, José Agripino Maia, Fernando Collor, Jader Barbalho, Tasso Jereissati e o hoje ministro Sarney Filho.

Como lembra o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, ao comentar reportagem do Valor Econômico sobre o assunto: "Ter 'base' parlamentar tem um preço" (veja aqui).

Fonte Brasil 247

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Economistas rejeitam ultimato e propõem alternativa à PEC 241

 Diagnósticos equivocados e argumentos falaciosos buscam na verdade subordinar a sociedade, definitiva e permanente, à supremacia da lógica rentista.


LANÇAMENTO: Dia 10 de outubro próximo,  na Câmara de Deputados.

Desde o final de 2014 a sociedade brasileira vem sendo  coagida a acreditar que não há alternativa ao suicídio, exceto o juízo final diante dos mercados.

A austeridade fiscal, rebatizada sugestivamente de 'austericídio' no continente europeu, onde vigora há mais  tempo -- e com resultados sabidos, tem sido prescrita aqui para um metabolismo econômico de sinais vitais declinantes.

A partir do golpe parlamentar de 31 de agosto, a dose transmudou-se em purga radical.
 Indiferente à perda de pulso do doente espremido entre a conjura conservadora e o esgotamento de um ciclo de desenvolvimento, os científicos da austeridade cobram rigor redobrado na terapia.

Prescreve-se, entre outras coisas, 20 anos de coma induzido através da PEC 241, a PEC da Maldade, que atinge o coração da Constituição Cidadã de 1988, ferindo de morte qualquer espaço de ganho real para o guarda-chuva de direitos  inscrito na Carta que completa 28 anos este mês.

Ao contrário de reagir, a nação deriva.

Diagnósticos equivocados e argumentos falaciosos buscam na verdade subordinar a sociedade, definitiva e permanente, à supremacia da lógica rentista.

O resultado é a imposição de um outro projeto de país, que rasga princípios e valores pactuados na Assembleia Coinstituinte de1987, sem a consulta à cidadania diretamente atingida pelo desmanche ardiloso da Carta Cidadã.

O documento “Austeridade e Retrocesso: Finanças Públicas e Política Fiscal no Brasil”, de iniciativa do Fórum 21, Fundação Friedrich Ebert, GT de Macro da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e Plataforma Política Social apresenta uma análise aprofundada dessa encruzilhada.

Nele, o desafio fiscal é dissecado, apontando-se seus problemas reais, denunciando-se as falácias e  mitos que sustentam um discurso supostamente 'técnico', na verdade atrelado a  interesses políticos.leias mais  
 Leia o Documento 

Fonte : Carta Maior

Bob Fernandes/Teori e os "espetáculos". E o "guarda da esquina"

 Notícias desta quarta, 5: Polícia Federal indicia Lula por contratos do sobrinho em Angola.
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Polícia Federal vai investigar corrupção na compra de usinas termoelétricas no governo Fernando Henrique.
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Em depoimento antigo, que não foi além da internet, Cerveró, ex-diretor da Petrobras, disse:
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-A Brasken, da Odebrecht, é um escândalo do governo Fernando Henrique, não foi o Lula que inventou, e não sei por que não investigam...
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Notícia de Bela Megale, na Folha, sobre fato real: "Polícia Federal se opõe a novas delações premiadas na Lava Jato".
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Querem mesmo igualdade real, e não ficção, na investigação de toda corrupção multipartidária? Querem mesmo ir além de vazamentos de ocasião? É simples.
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Deixem OAS e Odebrecht revelar o que sabem sobre suas relações com presidentes, governadores, prefeitos, legislativos...
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O DNA disso, óbvio, já está nos computadores, planilhas e dados apreendidos.
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A propósito: o ministro Teori Zavascki atacou o mais recente espetáculo encenado. Aquele do procurador Dallagnol e demais à frente do PowerPoint.
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Teori manteve em Curitiba os processos contra Lula.
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Mas disse que, ao contrário do fartamente anunciado por procuradores, "não existe" investigação contra Lula por "liderar organização criminosa". Disse mais:
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-Essa espetacularização não é compatível nem com o objeto da denúncia nem com a seriedade que se exige...
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E dai? Dai nada. O estrago já foi feito. Por duas horas ao vivo, e nas infindáveis reprises e manchetes Brasil e mundo afora. E isso na reta final das eleições.
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Eleições num ambiente que cobrou as Forças Armadas em mais de 400 cidades. Num ano em que foram assassinados 98 candidatos, secretários ou militantes políticos.
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Ao manter arquivamento de processo disciplinar contra o juiz Moro, juízes defenderam: "Problemas inéditos exigem soluções inéditas".
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Em 1968 a ditadura decretou o AI-5, um conjunto de poderes excepcionais. Uma "solução inédita" para "problemas inéditos".
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Cobrado sobre sua discordância com o AI-5, o vice-presidente Pedro Aleixo, um civil, com metáfora alertou para os (d)efeitos inevitáveis:
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-O problema é o guarda da esquina.

Fonte: Jornal da Gazeta

Bob Fernandes/ "Não à Política" avança. PSDB vence, PT afunda.

 Alckmin teve estrondosa vitória com Dória no 1º turno. Larga na frente para 2018.
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Terá que tourear egos e apetites do PSDB, grande vencedor desta eleição... Mas, isso é bem melhor do que uma derrota.
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Alckmin tem o PSB do seu vice, Marcio França, como alternativa e espantalho para impor-se no tucanato.
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Aécio ainda comanda o partido e se fortalece se João Leite vencer em Belo Horizonte. Serra, que não desiste, à revelia do PSDB perdeu com Matarazzo e Marta.
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Muito dependerá dos rumos da Lava Jato. Por ora, camburões da Lava Jato mantem fechadas portas do lado direito.
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Marcelo negocia delação. Se quiserem mesmo saber o que ele sabe, e indicam planilhas da Odebrecht, baixas para 2018 serão ampliadas.
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Grande derrotado, o PT já chegou às urnas encolhido. Disputou mil prefeituras menos do que em 2012. E perdeu 60% das suas 644 prefeituras.
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Derrota antecipada pelo desastre econômico. Desastre esse antecedido e inflado pelo desastre no território ético.
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O PT fez o que por décadas mostrou que os demais faziam. Por isso agora pagou dobrado pelo que os demais compram, ou vendem.
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O "Mensalão" está nas manchetes há 10 anos. O "Petrolão" há três.
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E o PT se queixa: instituições da chamada Grande Mídia têm lado. Enquanto magnificam erros do PT escondem ou minimizam erros de aliados tradicionais.
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Onde está a novidade? Por que, em 13 anos no Poder, o PT não convocou a sociedade para, ao menos, debater regulação econômica que impeça monopólios no setor?
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Porque apostou na conciliação com quase tudo e todos. E nisso PMDB e similares são insubstituíveis.
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O PMDB, apesar de derrotas como a de Paes e seu Pedro Paulo no Rio, segue com maior número de prefeitos. Isso conta para 2018, inclusive para o Congresso.
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Há outro grande vitorioso. Em São Paulo, votos brancos e nulos ganharam de Haddad.
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Dória venceu anunciando "Não ser Político". Por 11.147 votos ele perdeu para abstenção, brancos e nulos.
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Estes somados, 38,5% dos paulistanos disseram "Não à Política". No Rio, 42,5% disseram "Não á Política".

Fonte: Jornal da Gazeta

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Os 10 pontos que explicam o Novo Sistema Mundial

 Precisamos tomar consciência das rápidas evoluções em curso e refletir sobre a possibilidade de que cada um de nós pode intervir de alguma forma.


Como é o Novo Sistema Mundial? Quais são suas principais características? Que dinâmicas estão determinando o funcionamento real do nosso planeta? Que características dominarão os próximos 15 anos, de aqui até 2030?

Para tentar descrever este Novo Sistema Mundial e prever seu futuro imediato, vamos a utilizar a bússola da geopolítica, uma disciplina que nos permite compreender o jogo das potências e avaliar os principais riscos e perigos. Para antecipar, como num tabuleiro de xadrez, os movimentos de cada potencial adversário.

O que essa bússola nos diz?
  O declínio do Ocidente

A principal constatação é o declínio do Ocidente. Pela primeira vez desde o Século XV, os países ocidentais estão perdendo poderio diante da ascensão das novas potências emergentes. Começa a fase final de um ciclo de cinco séculos de dominação ocidental do mundo. A liderança internacional dos Estados Unidos se vê ameaçado hoje pelo surgimento de novos polos de poder (China, Rússia, Índia) a escala internacional. O “rebaixamento estratégico” dos Estados Unidos já começou. O “século americano” parece chegar ao fim, ao mesmo tempo em que vai se desvanecendo o “sonho europeu”…

Embora os Estados Unidos continuem sendo uma das principais potências planetárias, está perdendo sua hegemonia econômica paulatinamente, com o crescimento da China, e já não exercerá sua “hegemonia militar solitária” como fez desde o fim da Guerra Fria. Caminhamos em direção a um mundo multipolar, no qual os novos atores (China, Rússia e Índia) têm vocação de constituir sólidos polos regionais para disputar a supremacia internacional com Washington e seus aliados históricos (Reino Unido, França, Alemanha, Japão).

Na terceira linha aparecem as potências intermediárias, com demografias em alta e fortes taxas de crescimento econômico, que podem se transformar também em polos hegemônicos regionais, com talvez, se mantiverem essa tendência nos próximos quinze anos, em um grupo de influência planetária. São os casos de Indonésia, Brasil, Vietnã, Turquia, Nigéria e Etiópia.

Para se ter uma ideia da importância e da rapidez da queda de prestígio do Ocidente, basta observar estas duas cifras: parte dos países ocidentais que hoje representam 56% da economia mundial serão apenas 25% em 2030 – em menos de quinze anos, o Ocidente perderá mais da metade de sua preponderância econômica. Uma das principais consequências disso é que os Estados Unidos e seus aliados já não terão os meios financeiros para assumir o rol de guardiães do mundo. Desse modo, esta mudança estrutural poderia debilitar o Ocidente de forma duradoura.

O inabalável crescimento da China

O mundo se “desocidentaliza” rapidamente, e é cada vez mais multipolar. Nesse cenário, se destaca, uma vez mais, o papel da China, que emerge como a grande potência do Século XXI. Embora a China se encontre ainda longe de representar um autêntico rival para Washington, por enquanto. Em parte, a estabilidade do novo candidato a império não está garantida, porque coexistem em seu seio o capitalismo mais salvagem e o comunismo mais autoritário. A tensão entre essas duas dinâmicas causará, cedo ou tarde, uma quebra que poderia debilitar o seu poder.

De qualquer forma, neste 2016, os Estados Unidos continuam exercendo uma indiscutível dominação hegemônica sobre o planeta. Tanto em termos de domínio militar (fundamental) como em vários outros setores cada vez mais determinantes: em particular, o tecnológico (Internet) e o soft power (cultura de massas). O que não significa que a China não tenha realizado prodigiosos avanços nos últimos trinta anos. Nunca na história, nenhum país cresceu tanto em tão pouco tempo.continuar lendo

Fonte,Carta Maior

PT afirma que derrota eleitoral deve servir para 'reorganizar o partido

  
Documento também reforça a importância do apoio aos candidatos do Psol, PCdoB, Rede e PDT que estão no segundo turno da disputa eleitoral

São Paulo – A Comissão Executiva Nacional do PT divulgou nota oficial hoje (5), após reunião em Brasília, abordando o resultado eleitoral do último domingo (2). Com 18 pontos, a nota traz ponderações sobre a ofensiva midiática contra o partido desde a Ação Penal 470 até os dias que antecederam a eleição, aborda o inconformismo dos partidos derrotados na reeleição de Dilma Rousseff, em 2014, e também reconhece os próprios erros, cometidos antes e durante o processo eleitoral. “Analisá-los e extrair lições para recuperar o terreno perdido é uma tarefa autocrítica, a começar pela direção partidária – que não se exime de suas responsabilidades – e abrir-se para o conjunto da militância”, diz a nota.

O texto destaca que a “derrota profunda do campo democrático-popular”, principalmente do PT, nas eleições municipais, deve ser analisada no contexto negativo iniciado após a eleição de 2014, “quando os derrotados passaram a sabotar o governo e a empenhar-se na sua deposição”. “O aprofundamento da crise econômica a partir de 2015, a criminalização do PT e a ação corrosiva da mídia monopolizada erodiram a base eleitoral progressista, provocando forte recuo da influência petista sobre administrações locais e legislativos municipais.”

O texto critica a reforma política comandada pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmando que a redução do tempo de campanha e dos programas de rádio e TV prejudicou a possibilidade de enfrentar os candidatos de direita. Ao mesmo tempo, o partido reconhece que o partido não conseguiu apresentar listas mais amplas de candidaturas a prefeito e vereador, “o que já prenunciava uma redução numérica que, afinal, superou as expectativas mais pessimistas, sobretudo nas grandes cidades e em municípios que já governamos”.

O partido declara apoio a todos os candidatos do Psol, do PCdoB, da Rede e do PDT que disputarão o segundo turno das eleições nas capitais, além de reforçar a importância das sete candidaturas petistas que ainda estão na disputa, em Recife, Juiz de Fora, Santo André, Mauá, Vitória da Conquista, Santa Maria e Anápolis. “É decisivo envidar esforços para unir o eleitorado democrático e popular, abrindo nossas campanhas para todos e todas que desejarem compartilhar dessa empreitada.”

O documento encerra ressaltando a importância da mobilização das bancadas de oposição na Câmara e no Senado contra a PEC 241, o projeto de lei do pré-sal e a medida provisória da reforma do ensino médio, e reafirma que a recente derrota eleitoral deve servir para reorganizar o PT. “Sem minimizar o resultado desfavorável, encaramos a perda como uma batalha no processo de resistência democrática e de reorganização do PT e do campo popular. Da derrota, extrairemos lições que possibilitem reorientar nossa prática, a fim de recuperar a confiança política dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, dos intelectuais, acumulando forças para retomar o projeto de transformação social que constitui nossa razão de ser.”

Leia a íntegra

Por : Rede Brasil Atual

Após ato na Câmara, trabalhadores mantêm protesto em Brasília contra medidas de Temer


Representantes de várias categorias fizeram ato para discutir matérias do governo Temer que representam perdas. Eles seguem concentrados ao lado do Ministério do Planejamento até o final do dia 

Brasília – Deputados, representantes de entidades da sociedade civil, movimentos sociais e sindicalistas protestaram hoje (5), durante ato público realizado na Câmara dos Deputados, contra propostas do governo Michel Temer que chamam de “desmonte do Estado”. Dentre as matérias, destacam-se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos por 20 anos, o Projeto de Lei (PL) 4.567, referente à flexibilização do pré-sal, e a Medida Provisória (MP) 746, que reforma o ensino médio no país. O protesto enfatizou o ataque à PEC 241, analisada por especialistas em contas públicas e sobre a qual foram mostrados prejuízos a serem observados em políticas importantes para o país.

Outro grupo de trabalhadores, organizado pela CUT e movimentos sociais de todo o país, está concentrado próximo ao Congresso, desde as 8h, no chamado espaço do servidor público, localizado ao lado do Ministério do Planejamento.  Eles continuam o protesto contra a PEC 241 e chamam a atenção para outras matérias encaminhadas pelo Executivo ao Congresso, tidas como igualmente danosas para o Brasil.

Fazem parte do movimento petroleiros (que estão em Brasília acompanhando a discussão e votação do PL 4.567), integrantes do Comitê Nacional de Defesa das Empresas Públicas, vários representantes dos bancários – categoria que está há quase 30 dias em greve na luta por melhoria salarial –, integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e servidores públicos, dentre outros trabalhadores.

“Ao propor que os investimentos públicos fiquem limitados, durante 20 anos, pelo índice inflacionário do ano anterior, a PEC 241 fere de morte os princípios e normas constitucionais que apontam para o desenvolvimento integrado e sustentável na perspectiva da igualdade e da justiça social”, disse o deputado Patrus Ananias (PT-MG).

“À luz das limitações estabelecidas pela PEC, não é difícil prever o futuro do Benefício da Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e de outras políticas públicas de assistência social e de segurança alimentar. Não restará nada. O desmonte das políticas públicas sociais, especialmente daquelas mais diretamente voltadas para a promoção dos pobres, leva ao desmonte do próprio Estado nacional brasileiro”, afirmou o deputado, um dos coordenadores do evento na Câmara e integrante da comissão especial que aprecia a proposta.

A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, disse que “entregar o pré-sal ao capital estrangeiro é entregar uma riqueza que poderia ser revertida em avanços na saúde, educação e outras áreas essenciais".

De acordo com Maria Rita, "o governo golpista não só quer entregar esse patrimônio como também reduzir os investimentos em saúde e educação". "Trata-se de um verdadeiro desmonte, que acontece sem que a maioria da sociedade se dê conta, pois tudo vem sendo feito de forma atropelada, para tentar evitar a reação. Mas vamos reagir e ir adiante nessa luta, porque o que é público tem que ser para todos", acrescentou.leia mais

Por: Rede Brasil Atual