Iniciada antes do Natal de 2016, com o descarregamento de aparatoso arsenal no porto alemão de Bremerhaven e seu translado para 900 trens, que somaram 10 quilômetros de extensão, nas palavras do brigadeiro Timothy Ray, chefe do comando militar norte-americano na Europa (Eucom), a operação “Atlantic Resolve” (“Determinação Atlântica”) tem por objetivo “repelir agressões russas, reafirmar a integridade territorial dos países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO, no acrônimo inglês)”, e – paseme-se – “estabilizar a paz na Europa”.
Ao ler a declaração beligerante do militar norte-americano, a primeira indagação do leitor desavisado é: por acaso perdi essa notícia? Quê país europeu foi ameaçado, bombardeado ou invadido pelas tropas de Wladimir Wladimirowitsch Putin?
Resposta correta: nenhum. Eis, pois, um case da guerra midiática em curso, na qual fake news – pseudo-notícias – são disparadas como projéteis da contra-informação.
Destoando do discurso único da OTAN, em junho de 2016, o social-democrata Frank Walter Steinmeier – ministro de Relações Exteriores no governo Angela Merkel e negociador da paz ucraniana, decepcionado com as manobras de Kiev – antecipara-se à encenação da “Atlantic Resolve”, advertindo : “O menos recomendável neste momento é jogar gasolina na fogueira com a ostentação de armas e brados de guerra… A História ensina que, além da garantia da defesa recíproca, deve haver predisposição ao diálogo e à cooperação… Seria de muito bom alvitre não criar pretextos, com a entrega a domicílio de uma nova, antiga confrontação.” Leia Mais
Fonte: Observatório da Imprensa
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